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Sebastián Baudrand

Chile

fibra de vidro, ferro, vidro, material audiovisual

Galeria Lehmann + Silva

Sebastián Baudrand

casa aberta / Crenças do Bosque

Artista multidisciplinar que tem centrado a sua investigação na relação arte-contexto, refletindo sobre os paradigmas da sociedade atual e os problemas da paisagem. A sua obra constrói-se a partir da abstração do quotidiano, gerando a sua deslocação em direção à arquitetura e ao espaço. Uma característica que se destaca no seu trabalho é a materialidade: elementos de baixo custo, como a malha raschel, papelão ondulado, madeira e objetos achados. Estudou Arquitetura e Artes Visuais em Santiago, continuando a estudar escultura e gravura no México. Desde 2009 vive e trabalha em Puerto Varas - sul do Chile - onde desenvolveu diversos projetos coletivos e individuais. Já expôs no Chile, México, Estados Unidos, França e Portugal. Em 2019 expôs individualmente no Museu de Arte Contemporânea do Chile com o projeto Polímeros Translúcidos. A sua obra faz parte de coleções privadas e públicas como o Ministério da Cultura das Artes e do Patrimônio e o Museu de Arte Contemporânea do Chile. Realizou residências artísticas no Chile e no exterior, destacando-se sua participação no programa de Residências Internacionais do Projeto Siqueirios: SAPS - La Tallera, México 2017. Recentemente participou da Residência Al Lado (Lima, Peru 2021). Em 2023 estará na High House Working Residency (Norfolk, Inglaterra) e é atualmente artista convidado na ARTWORKS (Porto, Portugal Maio-Junho 2022).

Cria-se no território uma rede de resistência estética – um grande filtro – um suporte humano que evolui paralelamente à sociedade de consumo. Abstrações da memória em transformação sacodem o quotidiano ou o censurado através do uso estético. Os materiais comuns, industriais e de uso corrente que são recolhidos dão as coordenadas acerca do local. Novos “habitats construtivos” num silêncio espacial e na oralidade.

Sebastián Baudrand vive num processo, abrindo novos espaços onde se reflete sobre os paradigmas da sociedade atual e a sua necessidade de apontar o território, a paisagem e a natureza, questionando as suas estruturas através de instalações site-specific que procuram, com uma intervenção subtil, reconhecer a raiz em terras desenraizadas.

Durante os meses de Maio e Junho fez uma residência artística na ArtWorks. Como é habitual na sua prática, o artista explorou diversas camadas investigativas que alimentaram o processo de abstração e concetualização das obras. Uma camada histórica que se manifesta linguística e oralmente através dos mitos; uma camada geográfica onde se conciliam aspectos de arqueologia, etnografia e memória; e uma camada presente, onde as obras entrelaçam o ordinário e o extraordinário.

Texto completo aqui, por Carlos Sierra Soto

Credits

parceria com Galeria Lehmann+Silva

recursos: fibra de vidro, ferro, vidro, led, video
formato: casa aberta
fotografia: Bruno Lança