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Mauro Ventura

Portugal

aço

Mauro Ventura

casa aberta / Forest of metal whispers

Tendo como ponto de partida o método da colagem, a prática interdisciplinar de Mauro Ventura evolui transversalmente entre pintura, escultura, instalação e performance. A sua investigação afirma-se na pesquisa de línguas antigas que estudam o oculto, propondo uma hiper-realidade ou um videojogo paralelo como caldeirão de sincretismo. Estas realidades virtuais entregam-se a ações e formas de pintura ritualísticas que questionam formatos com o objetivo de transformar as estruturas sociais. Os demónios são um tema recorrente na prática de Ventura, utilizados como meio de explorar a dualidade das coisas, invocando duas esferas opostas da vida e explorando as polaridades da luz e das trevas, do visível e do invisível, do bem e do mal, da presença e da ausência.

Mauro Ventura (n. 1993, Vila Nova de Famalicão) estudou na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (2011) e no HFBK, Dresden (2014). Exposições recentes incluem THE FAIREST THE FAIREST the right to transform, HOTO, Berlim, 2022; AMYGDALA DEMONIA, Anuário 19, Câmara Municipal Porto, 2020; AMYGDALA DEMONIA, Paragem Centro Comercial - Kunsthalle Freeport Porto 2019; Gardens of Drexciya mi1.glisse Berlim, 2019; FAXION IZ WAK, CRAK IZ BACK- Berru, Sistencia,; Instalação Polyphony Studios, Berlim, 2018.

O Mauro cria uma narrativa em que figuras metamórficas que permanecem como resquícios do passado servem como portais para dar vida ao passado, ao presente e ao futuro. Enquanto em épocas passadas a presença de figuras e criaturas mágicas era atribuída a um caráter maligno e se tornaram alvos ao longo da história, aqui Ventura oferece uma maneira de olhar para a bruxaria, a alquimia e a espiritualidade, reenquadrando esses personagens de uma forma contemporânea que abraça valores transhumanistas. Concentramo-nos assim na espiritualidade como um caminho simbólico para imaginar diferentes mundos e possibilidades na própria realidade e interagir com entidades visíveis e invisíveis, a fim de demonstrar como demonizamos as coisas.

Para a exposição individual "Forest of Metal Whispers", na Galeria Duarte Sequeira, o artista aborda a espiritualidade como um caminho simbólico para imaginar diferentes mundos e possibilidades na realidade, ao mesmo tempo que se envolve com entidades visíveis e invisíveis, a fim de demonstrar como tendemos a demonizar coisas.

Credits

recursos: aço enferrujado, cera
formato: casa aberta
fotografia: Filipe Braga